1922: A REVOLTA DOS 18 DO FORTE DE COPACABANA

Em represália ao fechamento do Clube Militar e prisão do seu presidente, Marechal Hermes da Fonseca, jovens de diversos quartéis planejaram um movimento contra o Governo. Um deles, o capitão Euclides Hermes da Fonseca (filho do Marechal), comandante do Forte de Copacabana, com apoio do tenente Siqueira Campos, instruiu os seus comandados que se resguardassem, fazendo trincheiras e minando o terreno desde o portão do forte até o farol. Assim, estavam preparados para o movimento militar que eclodiria em diversos pontos da Cidade no início da madrugada do dia seguinte.

Contudo, informado a respeito da revolta, o Governo antecipou-se, fazendo a troca dos principais comandos militares na capital e coibindo a força militar do Forte de Copacabana que foi alvo de intenso bombardeio oriundo da artilharia da Fortaleza de Santa Cruz durante todo o dia 5 de julho.

Na madrugada do dia 6, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, telefonou ao Forte, exigindo a rendição dos rebeldes. O capitão Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos permitiram, então, a saída de todos aqueles que não quisessem combater. Poucos mantiveram-se em resistência. O capitão Euclides Hermes saiu ao encontro do Ministro no Palácio do Catete, onde recebeu voz de prisão. Os demais foram pressionados: ou a rendição ou o massacre.

O tenente Siqueira Campos, pressionado pelos remanescentes da tropa, tomou a decisão suicida: sairiam em marcha até ao Palácio do Catete, combatendo. No início da tarde do dia 6 de julho, iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica. Um número até hoje não determinado se rendeu ou debandou. Restaram 18 militares revoltosos, vencidos no confronto final à altura da antiga rua Barroso (atual Siqueira Campos) pela tropa legalista com milhares de homens. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, e dois soldados foram capturados feridos. Os demais faleceram em combate. Os soldados capturados morrem em conseqüência dos ferimentos recebidos.

Fonte: Enviado por: Lucyanne Mano Hoje na história – Jornal do Brasil

5 de julho de 1922 – Os 18 do Forte

Na madrugada do dia 5 de julho de 1922 a população carioca acordou com um estampido provocado por um tiro de canhão que sinalizava o início da revolta. Militares do Forte de Copacabana, do qual a bala acabara de ser atirada, receberam o silêncio como resposta: o governo controlara os demais pontos de possível rebelião. Os oficiais que tinham acabado de tomar o forte da praia mais famosa do Brasil, no entanto, decidiram prosseguir.

Por mais divulgada que tivesse sido a intenção de se promover um levante, a tomada de quartéis aconteceu apenas em alguns pontos do Mato Grosso do Sul e do Rio de Janeiro, ficando, horas mais tarde, circunscrita ao Forte de Copacabana, com a rendição dos demais revoltosos.

Durante o dia, o incisivo ataque das tropas do governo fez com que muitos militares se entregassem, restando apenas 28 pessoas dentro das muralhas seguras do forte. No início da tarde do dia seguinte, sabendo do fracasso da revolta, os militares que ainda restavam lá decidiram resistir até a morte. Caminhando armados, com destino ao Palácio do Catete, os guerreiros marcharam contra as forças governamentais com armas em punho, sob intenso tiroteio. Dos 28, apenas 18 (número ainda duvidoso) seguiram caminhando para a morte. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes foram os únicos que conseguiram sobreviver ao episódio, que passou a ser conhecido como “Os 18 do Forte”.


A razão pela qual os militares, principalmente das baixas patentes do Exército, tramaram a revolta foi, sobretudo, a insatisfação com o governo do Presidente Epitácio Pessoa, que, no ano anterior, colocara um civil no comando do Ministério da Guerra e, em junho deste ano, mandara prender o ex-presidente Hermes da Fonseca. Além de tudo, determinados setores das Forças Armadas ainda não haviam esquecido o episódio das “Cartas Falsas”, dentro do qual o candidato situacionista à Presidência, Arthur Bernardes, supostamente escrevera cartas ofendendo Hermes da Fonseca, ofendendo, portanto, o Exército, que, neste momento, se via atravessado por ideais positivistas. Quando Bernardes ganhou as eleições, vistas como fraudulentas por grande parte da população, estas camadas insatisfeitas decidiram formular uma grande revolta.


Os 18 do Forte, apesar de fracassado, deu início ao Movimento Tenentista, que, ao longo da década, tomaria força com a Revolução de 1924 e a Coluna Prestes, e abriria caminho para a Revolução de 1930, a qual mudaria de vez a forma de governo dominante na República do Café com Leite.

Enviado por: Alice Melo – CPDoc JB

16 Respostas para “1922: A REVOLTA DOS 18 DO FORTE DE COPACABANA

  1. Pingback: O que foi a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana?

  2. Sérgio Martins de Martins

    Leia o livro “Octávio o civil dos 18 do forte”

  3. Isabela Carvalho

    quais as lideranças do movimento?

    • kaique

      Capitão Euclides Hermes da Fonseca,o tenente Siqueira Campos e o tenente Eduardo Gomes

      • Luiz Carlos Rodrigues Trindade

        O docinho brigadeiro tem a ver com essa revolta. Já lialgo a respeito no entanto com duas versões.

  4. ana

    quais foram as derrotas e vitórias

  5. Não entendi porra nenhuma caralho

  6. KELRILAINE

    QUANTO TEMPO DUROU?

  7. Claúdia Montenegro

    Gostaria que colocassem o nome do corajoso autor da principal foto tirada dos 18 do forte Zenóbio Rodrigo Couto de ‘ O Malho” meu bisavô Obrigada

  8. Elaine

    Qual foi o desfecho do movimento ?

    • José Batista de Queiroz

      Foi o nascimento do Movimento Tenentista e a queda da República Velha, com a Revolução de 1930.

  9. que tipo de armas eles usaram?

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