Ratos de praia desde D. João VI

No século 18, médicos britânicos revelaram propriedades terapêuticas da água salgada. No século seguinte, portadores de diversas enfermidades, seguindo recomendações de doutores britânicos e franceses, recorriam aos banhos de mar.

A vinda da família real acabou trazendo esse costume para as praias brasileiras. Em 1810, D. João VI tomava banhos regulares na praia do Caju, no Rio de Janeiro, para curar um ferimento. O exemplo do rei animou novos adeptos, gerando o surgimento de casas de banho na cidade.

praia de Copacabana anos 30

Tendas de banho 1923

No século 19, a presença de imigrantes europeus contribuiu decisivamente para a disseminação, ainda bastante restrita, dos banhos de mar nas cidades brasileiras. No entanto, as praias centrais eram frequentemente sujas, além de não oferecerem proteção contra a curiosidade alheia. Nas praias do Centro do Rio de Janeiro, por exemplo, escravos despejavam barris de excrementos provenientes das residências onde serviam.

Banhistas na praia de Copacabana, no verão de 1924

No final do século 19, o médico Francisco de Figueiredo Magalhães (1838-1895) abriu a primeira casa de banhos de Copacabana. No início do século 20, a construção da Avenida Beira Mar e do Túnel Novo, em meio às reformas urbanas do prefeito Francisco Pereira Passos (1836-1913), facilitou o acesso às praias da Zona Sul, estimulando o costume dos banhos de mar e a ocupação daquele bairro.

Posto de Salvamento em 1910

Em fins dos anos 1910, o sucesso crescente dos banhos de mar provocou o surgimento de postos de salvamento em Copacabana, embora até o início dos anos 1920 a praia do Flamengo fosse a mais frequentada da cidade.

Andrea Marzano
Departamento de História,
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio)

Praia de Copacabana 1893

Uma resposta para “Ratos de praia desde D. João VI

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