O Plano Agache

 

Av. Atlântica

Plano Agache é a denominação popular do plano de remodelação urbana, encomendado em 1926 pelo então, Prefeito Antônio Prado Júnior ao arquiteto Alfred Agache, sugerindo profundas mudanças urbanísticas, que, já naquela época, previam a vocação do Rio de Janeiro, então capital da república, para a majestosa metrópole.

O arquiteto logo diagnosticou o mal da cidade que sofria com o crescimento rápido e desordenado. A atividade industrial tende a concentrar-se nos centros urbanos e os empregos criados pelas fábricas estimulam o deslocamento das populações rurais para a cidade. E segundo o Plano Agache, que buscava embelezar a cidade e criava diversas regras para as edificações e para a ocupação ordenada dos espaços, separando áreas para moradia, comércio ou indústrias. Por esta época surgem ainda os primeiros regulamentos para a construções de prédios (os arranha-céus), pois a nova tecnologia do concreto armado começava a ser utilizada. O primeiro grande código de obras, que reunia todas as regras para as construções e a ocupação da cidade foi editado a partir deste plano, em 1937 e, ainda hoje, influencia a legislação urbanística.

Alfredo Agache e sua equipe concluíram o trabalho em 1930, mas nunca veriam novas formas cariocas saltarem do papel. Restou o abrangente Plano, que além, das grandes obras, listava leis necessárias para uma nova era de ordenamento urbano, a criação de uma comissão que acompanhasse a execução do Plano Diretor, a remoção das favelas, a criação de cidade satélites e, até mesmo, a organização de um concurso premiando as mais requintadas fachadas.

Embora não tenha sido efetivamente implementado, o Plano Agache abriu novas perspectivas para o urbanismo no Brasil e deu origem à criação do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal.

 

Copacabana década 60

Deixe um comentário