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Linha 4 do metrô vai fechar praças da zona sul e alterar trânsito em Ipanema e Leblon

Vanor Correia / Governo do Estado

Os cariocas vão ter que contar com muita paciência a partir de fevereiro de 2012, quando começam as obras da Linha 4 do metrô na zona sul do Rio de Janeiro, que vai ligar a região à Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. Para que as quatro estações (Gávea, Jardim de Alah, Antero de Quental e Nossa Senhora da Paz) fiquem prontas antes dos Jogos Olímpicos de 2016, haverá interdições em ruas de Ipanema e Leblon.

Além disso, a praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, será totalmente fechada ao público durante 13 meses (de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013). O trânsito e o estacionamento no entorno não sofrerão alterações. Entre março de 2013 e junho de 2015, a praça será parcialmente liberada.

A praça Antero de Quental, no Leblon, ficará parcialmente interditada para uso durante oito meses (de fevereiro a outubro de 2012). Para a construção da estação, que funcionará no local, será necessário fechar parte da avenida Ataulfo de Paiva. Segundo o secretário estadual da Casa Civil, Regis Fichtner,  não haverá limitações para ônibus nesta primeira etapa, apenas para carros. Na segunda fase das obras (de novembro de 2012 a julho de 2013), a via ficará totalmente fechada.

As estações Cantagalo, em Copacabana, e General Osório, em Ipanema, também ficarão fechadas por oito meses (entre dezembro de 2012 e julho de 2013) para a construção de um túnel subterrâneo, que ligará a Gávea à praça General Osório.
Para facilitar o deslocamento dos motoristas no trajeto entre Ipanema e Leblon, será construída uma ponte metálica sobre o Jardim de Alah, ligando as ruas Humberto de Campos e Visconde de Pirajá.

Quem mora no entorno das praças Nossa Senhora da Paz e Antero de Quental terá o estacionamento restrito. Os moradores contarão com serviço de manobristas, que guardarão os carros em garagens particulares. De acordo com o secretário, todos serão cadastrados.

Ainda segundo Fichtner, a proposta com as intervenções já foi apresentada à Prefeitura do Rio. A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio) vai estudar o planejamento do Governo do Estado. O secretário disse que as interdições para a passagem de blocos de Carnaval ficarão a cargo da CET-Rio.

– As interdições ficarão a cargo da CET-Rio. Não sabemos se serão antes ou depois do Carnaval.

Avenida Ataulfo de Paiva será fechada 

Segundo o planejamento da Casa Civil, para a primeira fase das obras da estação Jardim de Alah, no Leblon, será necessário interditar parcialmente a avenida Ataulfo de Paiva entre fevereiro e outubro de 2012. O secretário garantiu que a interrupção do tráfego neste período não atrapalhará o funcionamento da faixa exclusiva para ônibus. Os motoristas terão rotas alternativas para não atrapalhar muito o trânsito.

Já na terceira fase, entre novembro de 2012 e julho de 2013, a avenida seria totalmente fechada, inclusive para ônibus, e só seria permitida a passagem de pedestres.

– Serão mais ou menos dois anos de transtorno para os motoristas, mas muitos anos de melhoria para a mobilidade urbana.

Jardim de Alah também ficará interditado

O secretário informou também que o Jardim de Alah, no Leblon, será interditado ao público entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2015.

Linha 4 ligará a Barra a Ipanema

A Linha 4 terá 14 quilômetros de extensão e um total de sete estações. Ligará o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, à Estação General Osório. Serão seis novas estações de metrô. Segundo Fichtner, mais de 300 mil passageiros serão beneficiados por dia.

Atualmente, o sistema metroviário do Rio conta com 30 composições, cada uma com seis vagões. A partir de 2012, 19 novos trens começam a chegar para operar nas linhas 1 e 2. Em dezembro de 2015, com a inauguração da Linha 4 do metrô, serão mais 17 composições. Ao todo, serão 66 trens operando em todo o sistema metroviário da cidade, mais do que o dobro do número atual.

Tempos de viagem

Jardim Oceânico-São Conrado: 5min48s
Jardim Oceânico-Gávea: 9min50s
Jardim Oceânico-Leblon (Antero de Quental): 9min31s
Jardim Oceânico-Jardim de Alah: 11min11s
Jardim Oceânico-Nossa Senhora da Paz: 13min15s
Jardim Oceânico-General Osório: 15min31s (atualmente, o trajeto feito pelo ônibus de integração com o metrô leva, em média, 1h) Jardim Oceânico-Copacabana: 21 minutos
Jardim Oceânico-Botafogo: 23min24s
Jardim Oceânico-Largo do Machado: 27min53s
Jardim Oceânico-Cinelândia: 32min41s
Jardim Oceânico-Carioca: 34min
Jardim Oceânico-Central: 38min37s
Jardim Oceânico-praça Onze: 40min53s
Jardim Oceânico-Estácio: 42min24s
Jardim Oceânico-Saens Peña: 48min13s

Jardim Oceânico-Uruguai: 50min58s
Jardim Oceânico-Pavuna: 1h20min, com transbordo na General Osório (atualmente, o trajeto com metrô + integração para a Barra fica em 2h20min)
Jardim Oceânico-Irajá: 1h10min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Del Castilho: 1h, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Maria da Graça: 58min, com transbordo na General Osório- Jardim Oceânico – Maracanã: 54min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-São Cristóvão: 50min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Cidade Nova: 47min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Central: 23min
Ipanema-Carioca: 18min
Leblon-Carioca: 24min
São Conrado-Carioca: 27min
Gávea-Carioca: 34min – General Osório – Pavuna, sem transbordo: 1h

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Das 19 estações para aluguel de bicicleta no Rio, 13 não funcionam adequadamente

O projeto Pedala Rio, que integra o sistema de Bicicletas Públicas Samba (Solução Alternativa para a Mobilidade por Bicicletas de Aluguel), enfrenta problemas. Das 19 estações em funcionamento espalhadas ao longo da orla da zona sul, 13 não estão funcionando de forma adequada, como a imagem acima disponibilizada pelo site http://www.mobilicidade.com.br confirma.

O programa tem por objetivo alugar, com baixo custo, bicicletas aos moradores e turistas para aumentar a utilização de veículos considerados mais sustentáveis, melhorando assim a qualidade do ar na cidade e também proporcionando qualidade de vida para a população.

O sistema, inspirado no Vélib francês – que conseguiu criar o hábito com bastante sucesso entre os franceses – em terras cariocas não teve o mesmo êxito. Operado pela empresa Serttel, que tem a concessão do serviço, e licitado pela prefeitura, o programa foi lançado em janeiro de 2009, com previsão de implantação de até 50 estações e 500 a 1000 bicicletas, nos bairros de: Copacabana, Leblon, Ipanema, Lagoa, Botafogo, Flamengo, Centro e Tijuca. As 19 estações implantadas ficam nos bairros de Copacabana, Leblon, Ipanema e Lagoa.

Fonte: R7

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Metrô do Rio avança 2,7 km na década, 6 vezes menos do que trilhos de São Paulo

Enquanto as ruas da cidade do Rio de Janeiro ganharam 500 mil novos carros nos últimos dez anos, a expansão do metrô andou a passos lentos no período. Entre 2001 e 2011, a malha metroviária da capital fluminense cresceu apenas 2,7 km, o equivalente a pouco mais da metade da praia de Copacabana. A expansão é seis vezes menor do que o crescimento verificado na malha metroviária de São Paulo nos últimos dez anos – 21 km de novos trechos com 15 estações inauguradas.

Na capital paulista, o metrô avançou em diferentes regiões da cidade, enquanto no Rio o crescimento se restringiu, em sua maioria, a uma pequena faixa da zona sul: três das quatro estações ficam entre Copacabana e Ipanema.

Opção por corredores de ônibus

Em 1979, data em que o metrô do Rio foi inaugurado, o plano diretor elaborado pelo governo do Estado previa a construção de seis linhas em uma rede que permitiria conexões entre as zonas oeste, sul e centro e o município de Niterói, na região metropolitana.

Vinte anos depois, a operação e manutenção do sistema metroviário passariam do governo estadual para a iniciativa privada. Embora a responsabilidade sobre a expansão do metrô tenha continuado a cargo do Estado, o plano diretor jamais foi colocado em prática ou revisto, conforme lamenta o presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro, Rubens Pinto.

 Com a responsabilidade de sediar a Olimpíada de 2016, a prefeitura e o governo do Rio optaram pela construção de três corredores exclusivos de ônibus – Transcarioca (Barra-Deodoro), Transolímpica (Barra-Penha) e Transoeste (Barra-Santa Cruz).

Se por um lado, os chamados BRTs são uma alternativa mais barata e rápida, por outro, a opção por ônibus articulados que vão circular nos corredores vai atender a uma demanda muito menor de passageiros em relação ao metrô e não estarão livre dos engarrafamentos, segundo avalia Fernando MacDowel, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e doutor em Engenharia de Transporte.

– Se você colocar um BRT com a demanda compatível com a capacidade do sistema, tudo bem. Quando você coloca um sistema de baixa capacidade em um lugar que estava previsto para ter metrô, como Méier, Madureira, Jacarepaguá, não dá certo. São bairros muito populosos.

MacDowel foi um dos maiores críticos da construção da ligação direta Pavuna-Botafogo do metrô, que sobrepôs nos mesmos trilhos as linhas 1 e 2, aumentando o intervalo entre os trens. Essa ligação também esvaziou a estação Estácio, projetada para servir de transferência em uma nova linha que incluiria uma estação na praça da Cruz Vermelha até a Carioca, no centro.

Com a opção pelos BRTs e a ausência de um planejamento de longo prazo, a atual expansão levada a cabo pelo governo do Rio se limita, por enquanto, à construção da linha 4, que terá seis estações e 14 km de malha metroviária para ligar Ipanema, na zona sul, à Barra, na zona oeste. Na prática, esse projeto será uma extensão da linha 1, em um grande “linhão” sem conexões .

Moradores discordam de traçado

O traçado da linha 4 definido pelo governo – e que altera o projeto original – tem provocado polêmica entre moradores de bairros da zona sul e oeste, que acusam as autoridades estaduais de falta de transparência e chegaram a entregar uma carta a representantes do COI (Comitê Olímpico Internacional) reivindicando mudanças no trajeto.

O projeto original, licitado em 1998, previa um trajeto de 9 km com a construção de seis estações: Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Humaitá e Morro do São João. Quatro anos depois, o traçado foi alterado a partir da estação Humaitá, de onde seguiria por Laranjeiras até a estação Carioca, projeto defendido pelo movimento “Linha 4 – o metrô que o Rio precisa”.

A Secretaria Estadual de Transportes diz, por meio de nota, que a estação Jardim Oceânico está sendo projetada de forma que permita a expansão até a Alvorada, mas que, neste momento, o governo concentra esforços nas obras entre Barra e Ipanema.

Segundo a secretaria, esse traçado “vai atender a demanda de 240 mil pessoas, o dobro do contingente identificado para o percurso anterior”, números que, segundo integrantes do movimento, representariam apenas a quantidade de pessoas que se deslocam da Barra para a zona sul e o centro em ônibus fretados. Embora as obras já estejam em andamento, o governo do Estado ainda não divulgou os estudos encomendados à FGV (Fundação Getulio Vargas) que embasaram a decisão.

Fonte: Mariana Costa, do R7

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Nova linha do metrô no Rio, sem projetos e levantamento de custos

A nova linha do metrô que vai ligar Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste, está sendo construída sem que o governo do Estado do Rio de Janeiro tenha feito um estudo de demanda de passageiros e sem que os projetos para quatro das seis estações previstas estejam prontos, conforme admitiu  o secretário Estadual de Transportes, Julio Lopes, durante audiência pública na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) no dia 09.05.

O atual traçado da linha 4 começará na estação General Osório, em Ipanema, e será composto por outras cinco estações: Nossa Senhora da Paz; Jardim de Alah e praça Antero de Quental, no Leblon; Gávea; São Conrado e Jardim Oceânico, na Barra.

Segundo o secretário Julio Lopes, por enquanto, o governo do Estado está construindo apenas o trecho Jardim Oceânico-São Conrado, o único para o qual já existe um projeto que está licenciado para o início das obras.

– Nós não temos muitos estudos definidos. Não temos levantamento de custos sobre o trecho General Osório-Gávea. Estamos trabalhando onde já tínhamos estudos e onde estávamos licenciados para não perder tempo. Estamos tranquilos em dizer: nós não temos resposta.

De fato, quem esteve na audiência pública, saiu sem respostas para muitas perguntas.

Uma das dúvidas é sobre como será a ligação entre o novo trecho e a General Osório, em Ipanema, que vai precisar ser adaptada.

Inaugurada em dezembro de 2009, a estação foi pensada para ser a última da linha 1 e o seu projeto não previa a existência da linha 4. Por conta disso, ela poderá ficar fechada por seis meses para a conclusão das obras, o que poderá trazer mais transtornos para os usuários. Outra alternativa seria construir uma segunda estação ao lado da existente. Isso porque ela foi construída sem levar em consideração uma possível expansão do metrô, como explicou Lopes.

– A General Osório não foi feita pensando na linha 4, seria uma estação terminal. Nem de longe nós imaginávamos que o Estado tivesse recursos para fazer uma obra como essa.

Participaram da reunião pelo menos cinco representantes de associações de moradores da zona sul e da Barra, além dos deputados que integram a Comissão de Transportes da Alerj, a vereadora do Rio Andréa Gouveia (PSDB) e pesquisadores da área de transportes.

Todos criticaram o que classificaram como falta de transparência do governo do Estado em não divulgar, por exemplo, quanto a linha 4 vai custar para os cofres públicos, porque o novo trecho irá apenas até o começo da Barra – e não até o terminal Alvorada – e qual será a empresa que vai operar a linha.

A vereadora Andrea Gouveia lembrou que na época em que houve o fim da transferência entre as linhas 1 e 2 na estação Estácio, em 2009, os problemas apontados pelos críticos da ligação direta se concretizaram no futuro.

 – O que a gente assiste é a uma grande improvisação. São decisões tomadas antes da divulgação dos estudos.

A construção da linha 4 está a cargo do consórcio Rio-Barra, que venceu a licitação, mas a operação do metrô ainda precisará ser licitada. O presidente do consórcio, Mauricio Rizzo, que estava na audiência, ressaltou que cabe à construtora seguir as determinações do Estado.

– Nosso contrato com o governo admite expansão da linha. Inicialmente nos foi apresentado um trajeto que iria do Humaitá até a Gávea. Mas o atual governo deu prioridade ao trecho Ipanema-Jardim Oceânico. Somos a favor, inclusive, que vá até a Alvorada, mas a prioridade quem define é o governo.

A indefinição sobre a estação Gávea, na zona sul, também pontuou as discussões, mas o secretário Julio Lopes voltou a afirmar que ela ficará pronta dentro do prazo previsto pelo governo: dezembro de 2015, embora ainda não exista projeto, nem mesmo definição sobre o local onde será construída.

A expectativa é que a estação Gávea tenha dois andares, de modo a permitir sua ligação com outra linha no futuro: a que ligaria o bairro na zona sul até a estação Carioca, passando pelo Jardim Botânico, Humaitá e Laranjeiras, até chegar ao centro.

Fonte: Mariana Costa, do R7

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