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Mapa de teleférico que ligaria Copacabana à Tijuca é descoberto na Alemanha

Faz cem anos que o bondinho do Pão de Açúcar alçou os ares pela primeira vez, em 27 de outubro de 1912. Feito de madeira e pintado de amarelo, o “camarote carril”, como era chamado, deslizou da Praia Vermelha até o Morro da Urca, levando 577 passageiros no dia da inauguração, depois de pouco mais de três anos de obras e planejamento. No meio da construção, entre a abertura do primeiro trecho, até o Morro da Urca, e a inauguração do segundo, até o Pão de Açúcar, o mapa de outro teleférico — ligando Copacabana à Tijuca — foi elaborado. A data colocada no mapa que passou cem anos guardado numa gaveta é 5 de novembro de 1912.

O teleférico que iria de Copacabana até a Tijuca foi planejado pela empresa alemã Julius Pohlig AG, a mesma chamada pelo engenheiro brasileiro Augusto Ferreira Ramos para construir o bondinho do Pão de Açúcar. O mapa foi encontrado no Arquivo Industrial Renano-Westfaliano (RWWA, na sigla em alemão), em Colônia, na Alemanha, justamente por conta do centenário do bondinho do Pão de Açúcar: funcionários fizeram uma busca para ver se achavam algo interessante para o prefeito de Colônia levar ao Rio na sua próxima visita.

— Dentro do material do bondinho do Pão de Açúcar, achamos um mapa com o título “Situação do projetado teleférico de pessoas”. Quando se diz que algo é “projetado”, significa que existia uma intenção concreta de realizar o projeto — conta Ulrich Soénius, diretor do RWWA. — Nós pensávamos que só podia ser o mapa da construção do bondinho até o Pão de Açúcar. Até que eu reparei que no mapa havia sete paradas e passagem pelo Corcovado.

A Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar havia solicitado a projeção de mais um teleférico espetacular conectando os mais altos morros cariocas. Desenhado à mão, o mapa mostra a linha detalhada de um teleférico. O caminho tem paradas no Morro da Saudade, no Corcovado e no Morro da Formiga.

— Julius Pohlig, fundador da empresa, era famoso pelo conhecimento na área de transporte teleférico. Ele queria construir bondinhos pela extração de carvão nas minas alemãs. Como ele conseguiu o convite de construir o bondinho do Pão de Açúcar, a gente não sabe, mas, sem dúvida, era uma sensação, o morro já era famoso mundialmente — diz o diretor do RWWA.

Engenheiro diz que projeto seria viável
Por causa de um incêndio no antigo prédio da Julius Pohlig AG, perderam-se documentos como correspondências entre a empresa alemã e a empresa de Augusto Ramos. Por isso faltam informações que expliquem por que o teleférico Copacabana-Tijuca não saiu do papel.

— Talvez o projeto não tenha sido realizado por motivos financeiros — acredita Soénius.

Diretor do Clube de Engenharia, Luiz Carneiro de Oliveira analisou o mapa alemão. Ele nunca tinha ouvido falar sobre o ambicioso projeto.

— O mapa mostra a ligação através de teleférico de Copacabana até a Fábrica das Chitas, perto da Praça Saens Peña. O desenho parece perfeitamente viável em termos de engenharia. Na época em que foi concebido, seria um projeto espetacular, caro e turístico, já que não tem capacidade de transporte de massa. Era para quem quisesse passear vendo a paisagem — afirma Oliveira, que acredita que o projeto teria sido idealizado por Augusto Ramos.

— O trigrama CHR no mapa antigo poderia ser do engenheiro alemão — estima Soénius.

Julius Pohlig fundou sua primeira empresa em 1874. Através de fusões, a empresa de Julius tornou-se mais tarde a companhia Pohlig-Heckel, presente no Brasil desde 1955.

— Em 1903, dez anos antes de terminar as construções do bondinho do Pão de Açúcar, Pohlig já tinha se retirado da empresa, mas com certeza ainda agiu como consultor nas obras do Rio — diz Ulrich Soénius.

Fonte: Blog Pedra do Leme

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Orla carioca é palco de branding

  • Itaú Unibanco patrocina projeto Bike Rio, que prevê instalação de 60 estações com bicicletas na cidade: mobilidade urbana na pauta da instituição Crédito: André Valentim

O mar, a areia branca e o belíssimo calçadão de pedras portuguesas projetado por Burle Marx não são mais as únicas atrações da orla de Copacabana. Com a reforma dos quiosques da praia, promovida pelo projeto Orla Rio, marcas relevantes do mercado nacional estão usando esses espaços para ações de branding. Coca-Cola, Skol, Globo Rio, Band, Banco do Brasil, Rio Sul e Editora Três estão entre as empresas que contam com espaços diferenciados na praia mais famosa do Brasil.

Para algumas dessas marcas, adotar um quiosque na badalada orla de Copacabana traz uma exposição de marca e um espaço de experimentação diferenciados. “Além de ser um espaço de mídia fantástico. A Skol se criou no Rio e começou pela praia, com a cerveja em lata. É um ícone, como o mate e o biscoito Globo. Hoje tenho mais de 300 quiosques na praia com o produto Skol e 150 com visibilidade, mas não tinha nenhum com a cara da Skol. Este é um investimento para transmitir a personalidade da marca, por meio de um ponto de consumo que é quiosque de Copacabana”, explica Felipe Ghiotto, gerente de Skol 360, marca proprietária do espaço em Copacabana.

A orla de Copacabana também atraiu emissoras de TV. A Band, a primeira a ter um quiosque temático no calçadão de pedras portuguesas, montou o espaço para abrigar uma iniciativa que se destaca: Orla TV. Fruto de uma parceria com a Orla Rio, é um canal que é veiculado em 110 quiosques de praias do litoral. “A Band nos procurou interessada no potencial que enxergava em nosso empreendimento. Após diversas conversas foi então firmada a sociedade de nossas empresas neste segmento, na qual a Band se ocupa do conteúdo, das transmissões e da comercialização dos espaços publicitários, enquanto nós operacionalizamos a estrutura junto aos nossos quiosques”, informa Antônio Luís Abreu, vice-presidente da Orla Rio.

Presença da Band em Copacabana é fruto de parceria com a Orla Rio: emissora é responsável por um canal de TV veículado nos points da praia Crédito: André Valentim

O sistema de transmissão do canal de televisão da orla fica instalado justamente no subsolo do quiosque da Band, um espaço de 160 metros quadrados que conta com estúdio e escritório; na superfície, existe um bar onde são comercializados acepipes tipicamente cariocas, como bolinhos dos bares Bracarense e Aconchego Carioca.

“A ideia foi fazer um canal de televisão interno no qual passasse tudo relativo a esportes de areia e trouxesse informações como temperatura da água e previsão do tempo. Fornecemos o aparelho de TV e uma programação integrada que é feita especialmente para a Orla TV e com atrações que a gente reembala. Claro que, quando temos grandes produções esportivas, entramos em rede com a Band, assim como em alguns telejornais”, explica Daruiz Paranhos, diretor-geral do Grupo Bandeirantes no Rio. Para ele, a Orla TV possibilita um espaço comercial privilegiado. “Temos como colocar lá o último comercial de um ano e o primeiro do ano seguinte, em todas as TVs ao mesmo tempo”, fala. Ele acrescenta que, com a chegada dos grandes eventos, a ideia é que a Orla TV seja o veículo oficial da praia. De acordo com Orla Rio, mais de 450 mil pessoas têm contato com a Orla TV a cada dia.

No Quiosque Coca-Cola, a ideia foi montar um espaço onde os consumidores têm a experiência de tomar o produto na temperatura e no copo ideaisCrédito: André Valentim

Além da Band, a Globo Rio montou seu espaço, como ponto de contato com seus telespectadores. Copacabana foi escolhida por ser uma espécie de vitrine do Rio de Janeiro. “A Globo Rio tem como proposta criar oportunidades de convivência comunitária e aproximar a marca da emissora do público. A partir do quiosque de Copacabana foi possível ativar esta estratégia de ação”, informa a emissora por meio da Central Globo de Comunicação.

O retorno do espaço está sendo acima do esperado. Segundo a emissora, cerca de dez mil pessoas passam pelo quiosque Globo Rio todos os meses. “Mas o número não é o mais importante. Semanalmente, o quiosque serve de palco para eventos culturais e esportivos da própria Globo Rio e de parceiros. O público já sabe que existe um espaço físico em que ele se relaciona com os conteúdos da Globo. Além disso, o quiosque é um ponto utilizado pelo jornalismo da Rede Globo, com entradas ao vivo direto de lá”, aponta.

O quiosque da Globo Rio conta ainda com um espaço da Globo Marcas, onde são comercializados produtos relacionados à grade de programação da emissora. “Como a venda de produtos é uma exigência da concessão do espaço, a missão da Globo Marcas de fortalecer o relacionamento dos telespectadores com o universo da televisão se encaixou perfeitamente no conceito do quiosque. Além de uma grande variedade de artigos licenciados, o público encontra nesse espaço produtos específicos para venda no quiosque, como acessórios para praia, por exemplo”, acrescenta. O projeto do quiosque da Globo Rio é recente, mas, como tem se mostrado uma excelente ferramenta na aproximação da emissora com o público, a Globo avalia a experiência para eventual­ replicação em outras praças no futuro.

Point
A Nextel também terá o seu espaço na orla de Copacabana, que será inaugurado em outubro. Ele será o terceiro Point Nextel da marca no Rio, a primeira a ter um quiosque de experimentação na orla da praia vizinha, Ipanema, onde os quiosques ainda não foram reformados. O espaço ali foi inaugurado em setembro, em local nobre, logo na chegada da praia de Ipanema em frente a um badalado bar da orla. Foi a segunda ação de branding da marca em um quiosque da orla do Rio; a primeira, na Barra, também é diferenciada entre os outros quiosques daquele pedaço.

“O quiosque de Copacabana está atrelado a um projeto que temos com o Rio de Janeiro e nasceu na Barra da Tijuca, onde montamos nosso primeiro Point Nextel”, conta Alex Rocco, diretor de comunicação da marca. Ele acrescenta que a ideia é levar para a orla um pacote que tem experimentação e infraestrutura. “A cidade do Rio é muito importante para a Nextel e a marca é muito forte na cidade. Resolvemos implantar o projeto Rio Nextel, no qual criamos uma plataforma que inclui esporte, cultura e lazer para cidade do Rio e para o relacionamento com nossa base de clientes”, fala.

As atividades oferecidas em cada espaço são escolhidas de acordo com o perfil da praia em que estão instalados. “Em cada point a gente se insere no contexto do estilo de vida do carioca. Na Barra, levamos equipamentos relacionados ao mar, já que é um point forte de Kite surf e SUP. Ipanema tem um estilo de vida do carioca mais relacionado ao calçadão e à a rua interditada no fim de semana. Levamos skates, patins, skyline”, conta. Os espaços fornecem aulas de ioga e corrida, por exemplo, para clientes Nextel.

Ele acrescenta que há a preocupação de que cada um destes espaços se insira no contexto do carioca. “Queremos fazer parte realmente, adotar e ser adotado, é muito mais do que uma questão de visibilidade de marca”, conclui.

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Avenida Atlântica é do Rio ?

A discussão sobre a retirada dos postos de gasolina, da BR Petrobrás, da Avenida Atlântica, pode ter saído dos jornais, mas o tema está na pauta da Cidade.

Ao que parece, o Governo do Estado teria entrado em acordo com a BR Petrobrás para retirar os postos a partir do próximo mês. E esta, a BR, teria notificado os postos para que estes sejam imediatamente desativados, sem dó nem piedade.

E, tudo isso, sem consultar a população, que tem seus postos lá há mais de quarenta anos, e sem qualquer consideração às dezenas de funcionários que ficarão desempregados!

Mas, tudo isso acontece com logradouros públicos da cidade do Rio. E o Prefeito?

Por que não intervém nas decisões de uso desse logradouro público da Cidade? Afinal, alguém tem alguma dúvida de que a Avenida Atlântica é um logradouro público municipal?

Quantos milhões a BR Petrobrás paga, ou pagou, ao Governo do Estado pelo uso de logradouros públicos que pertencem à Cidade?  R$ 15 milhões? R$ 17 milhões?  Ou nada?

Os números e as permutas devem ser divulgados para conhecimento dos cidadãos do Rio. Eles têm o direito de saber.

Toda essa confusão ainda é fruto da fusão, ocorrida na ditadura, em 1974, quando os bens públicos muncipais não foram atribuídos à Cidade. Continuam de posse do Estado do Rio, que ainda não nos pagou essa dívida.

Somam-se ainda, além da Av. Atlântica, outros bens simbólicos da Cidade, a exemplo do Maracanã, do qual o Estado já publicou edital de privatização.

Nada disso pertence ao Estado, mas à Cidade do Rio, e a ela deve ser devolvido.

Se há outro plano para a Avenida Atlântica, cabe à Prefeitura discutí-lo com a população, apresentando um plano para tal e um cronograma sobre uma eventual desocupação, que leve em conta o meio século de uso do local pelos postos.

Despejo liminar dos postos da Atlântica, da forma que está sendo feito pelo Estado do Rio é, além de ilegítimo e ilegal, também autoritário e tirânico.

Cabe a Prefeitura reagir, veementemente, e defender os nossos direitos frente ao Estado do Rio.
Veja abaixo parte do requerimento de informações que encaminhamos à Prefeitura sobre o assunto:
1) Cronograma da desocupação da área, e sua fundamentação para que a Prefeitura tenha aquiescido

2) Esclarecimentos quanto ao uso a ser dado a área, informando, inclusive, se a mesma terá uso público exclusivo, vedada sua cessão, a qualquer título, em todo ou em parte, para outro fim senão a de uso comum do povo

3) O projeto urbanístico,ambiental e paisagístico para o local

4) Plano de incorporação,recuperação e limpeza da área ocupada pelos postos, especialmente o plano de tratamento do eventual passivo ambiental”

Saiba mais sobre a mobilização da sociedade civil pela manutenção da atividade dos postos de gasolina na Avenida Atlântica aqui.

Matéria: Marcelo Copelli, assessor de comunicação do gabinete da Vereadora Sônia Rabello
Blog da Vereadora Sonia Rabello

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Ruas do Rio vão ganhar novas lixeiras feitas com bagaço de cana

A prefeitura do Rio de Janeiro comprou 500 mil lixeiras feitas de bagaço da cana para instalar nas ruas da cidade. Os primeiros bairros a receberem os novos coletores de lixo são Copacabana, na zona sul, e Realengo, na zona oeste.

Segundo Carlos Alberto Osório, secretário municipal de Conservação, as novas lixeiras facilitarão o trabalho dos garis.

— Vão melhorar a ambiência urbana, acabando com os vários sacos de lixo que ficam nas ruas, e também podem facilitar a vida do gari, que vai ter muito mais praticidade e facilidade para fazer seu trabalho.

Os coletores serão fornecidos aos condomínios e proprietários de imóveis, que assinarão um termo de responsabilidade para sua guarda.

Segundo Osório, os próximos locais beneficiados serão bairros com grande concentração de pessoas e fluxo intenso de motoristas.

Fonte: R7

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AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA CONTRA ORLA RIO E MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Foto: Cristina Reis

Os quiosqueiros, que foram expulsos dos quiosques da orla marítima em função de não aceitarem os contratos abusivos impostos pela Orla Rio, foram solicitar ao deputado federal Chico Alencar, que fizesse denúncia ao Ministério Público sobre as diversas irregularidade da concessionária Orla Rio e da Prefeitura na administração dos quiosques da orla marítima de nossa cidade.

O Inquérito Civil para apurar o descumprimento reiterado pela concessionária das obrigações decorrentes do Termo de Concessão de Uso 417/99 foi instaurado em 10/11/2010. Neste mês de abril foi proposta a Ação Civil Pública que pede a invalidação do Termo Aditivo nº 61/2010 em que o prefeito Eduardo Paes amplia o objeto da concessão para explorar serviços bancários e instalar 40 terminais de atendimento e serviços de conveniência, prorroga a concessão de uso por mais quatro anos e nove meses e inclui 27 postos de salvamento existentes e localizados na orla marítima.

Nesta ação o promotor deixa claro a transgressão de decisão judicial da 14ª Câmara Cível, em 06/11/2008 e com trânsito em julgado em 28/12/2011, que proíbe propaganda na orla marítima e nos quiosques:

 “Por fim, registre-se que a Lei Orgânica, ao contemplar a regra de que não há direito a propaganda, impõe a interpretação restritiva do § 8º do art. 463, pois o interesse público na preservação do meio ambiente prepondera sobre os interesses particulares do apelante”.

Outra passagem em que evidencia-se o benefício que o prefeito concede a Orla Rio em detrimento do interesse público: “…o Termo Aditivo nº 61/2010 omite-se em fixar prazo para o cumprimento da principal obrigação da concessionária, vale dizer, a instalação dos 309 novos conjuntos de quiosques e sanitários, em substituição dos antigos.

…Ora, é inadmissível previsão contratual tão vaga e imprecisa num contrato administrativo. É igualmente inadmissível que o Município conceda o uso e exploração de bens públicos mediante contraprestação ilíquida como a que consta no Termo Aditivo nº 61/2010.

., parecendo ao Ministério Público que há prova cabal, e não mera verosimilhança, da ilegalidade e lesividade do Termo Aditivo nº 61/2010, que, além de não prever qualquer prazo para implantação dos novos quiosques, amplia indevidamente o objeto licitado e contratado, em afronta as decisões judiciais já definitivas, amplia o prazo de concessão de uso e permite à concessionária a exploração de serviços bancários sem qualquer contrapartida ao Município. Tudo conforme os elementos fartamente recolhidos nos autos do Inquérito Civil nº 2010.0070112.

.Some-se a isso o fato notório de que o Rio de Janeiro em breve sediará grandes eventos esportivos (Copa do Mundo em 2014 e olimpíadas, em 2016), o que impõe a modernização dos quiosques, medida perseguida desde o longínquo ano de 1999.”

.. imediato inicio das obras de todos os quiosques da orla…”

Nossa interpretação é que devemos pedir a anulação ou caducidade do contrato de concessão e não insistir na possibilidade da Orla Rio construir os quiosques, pois ela já demonstrou que não irá fazê-lo, mesmo depois de ter modificado o projeto original, conforme observamos, mas também em razão de decisão da Justiça Federal na Ação Popular nº 2000.51.01.013719-0, que anula o contrato de concessão, só permitindo a construção dos novos quiosques no trecho de Leme – Copacabana.

O Eduardo Paes mantém esta concessão devido ao apoio que esta empresa costuma dar as campanhas eleitorais de diversos vereadores e secretários municipais que desejem se candidatar, fazendo um grande lobby no legislativo, executivo e judiciário. Logo que o prefeito foi eleito conseguimos um audiência através do Movimento Unido dos Camelôs e entregamos uma carta com as denúncias das irregularidades, inadimplências, descumprimento do cronograma de obras, decisão da Justiça Federal e modificação do projeto original, mas o prefeito reafirmou que manteria esta parceria, está tudo registrado no nosso blog: Leilão das Praias

Fonte: Blog Leilão das Praias

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CEG é multada pela 2ª vez em R$ 125 mil por falhas em obras no Rio

A Câmara Técnica de Energia (CAENE) da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) multou a Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) em R$ 125 mil por irregularidades em obras em Copacabana, na Zona Sul, e no Centro. De acordo com a Agenersa, os fiscais detectaram falhas nas recomposições asfáltica e de calçamento.

A CEG informou, por meio de nota, “que vai recorrer da decisão tendo em vista que os pontos verificados pela agência referem-se a recomposição provisória. A Ceg lembra que – conforme compromisso firmado com a Prefeitura – ao final das obras do Centro e Copacabana será realizada a recomposição definitiva do asfalto, por meio do Projeto ‘Asfalto Liso’”.

Ainda de acordo com a Agenersa, além dos tapumes em mau estado de conservação, os técnicos encontraram revestimento de concreto no lugar de pedras portuguesas nas calçadas e de pavimentação asfáltica nas ruas.

A vistoria foi realizada nos dias 6 e 7 de dezembro de 2011, em diferentes pontos das ruas Hilário de Gouveia, Ministro Viveiros de Castro e das avenidas Nossa Senhora de Copacabana e Prado Júnior, na Zona Sul, e das ruas São José, Debret, Rodrigo Silva, Visconde de Maranguape, Frei Caneca, Travessa do Ouvidor e das avenidas Mem de Sá e Rio Branco, no Centro.

Outra multa
Esta foi a segunda vez, em menos de dois meses, que a CEG foi multada em R$ 125 mil por má qualidade em obras. Em dezembro, o Conselho Diretor (CODIR) da Agenersa multou a concessionária também em R$ 125 mil por falhas das obras no Centro.

Na época, a CEG também havia informou que “iria recorrer da decisão, por entender que não foram levados em consideração pela Agência os importantes resultados concretos já obtidos com a renovação de 20,4 km em pouco mais de 3 meses de obra e os relevantes beneficios para a cidade proporcionados pelas obras que trazem inevitavelmente algum transtorno inerente a qualquer tipo de obra”.

Fonte: G1

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Agenersa assume monitoramento de bueiros no RJ

Desde o dia 13 de fevereiro, o trabalho de vistorias em bueiros na cidade do Rio de Janeiro está sendo realizado agora pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa), em parceria com as concessionárias Light e CEG.

Segundo a Prefeitura do Rio, será mantido o uso dos mesmos tipos de equipamentos e da metodologia das vistorias, assim como a quantidade de inspeções diárias, em média 400. O protocolo de emergência, com a comunicação imediata ao Centro de Operações da prefeitura, também continua a ser seguido caso sejam identificados outros bueiros com risco de explosão.

Desde o início do trabalho emergencial de monitoramento, em agosto de 2011, foram realizadas 40.320 vistorias. Até o momento foram encontrados 314 bueiros com alto risco de explosão.

Ao todo, 28 bairros foram vistoriados nas zonas norte, sul e no centro. Entre os locais que mais apresentaram bueiros com risco de explosão estão centro (155), Tijuca (49) e Copacabana (41).

O monitoramento independente de risco em bueiros teve duração de seis meses e foi uma iniciativa do acordo de cooperação firmado entre a Prefeitura do Rio, Governo do Estado, Ministério Público e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RJ). A medida foi tomada após uma série de explosões em bueiros na cidade.

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Linha 4 do metrô vai fechar praças da zona sul e alterar trânsito em Ipanema e Leblon

Vanor Correia / Governo do Estado

Os cariocas vão ter que contar com muita paciência a partir de fevereiro de 2012, quando começam as obras da Linha 4 do metrô na zona sul do Rio de Janeiro, que vai ligar a região à Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. Para que as quatro estações (Gávea, Jardim de Alah, Antero de Quental e Nossa Senhora da Paz) fiquem prontas antes dos Jogos Olímpicos de 2016, haverá interdições em ruas de Ipanema e Leblon.

Além disso, a praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, será totalmente fechada ao público durante 13 meses (de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013). O trânsito e o estacionamento no entorno não sofrerão alterações. Entre março de 2013 e junho de 2015, a praça será parcialmente liberada.

A praça Antero de Quental, no Leblon, ficará parcialmente interditada para uso durante oito meses (de fevereiro a outubro de 2012). Para a construção da estação, que funcionará no local, será necessário fechar parte da avenida Ataulfo de Paiva. Segundo o secretário estadual da Casa Civil, Regis Fichtner,  não haverá limitações para ônibus nesta primeira etapa, apenas para carros. Na segunda fase das obras (de novembro de 2012 a julho de 2013), a via ficará totalmente fechada.

As estações Cantagalo, em Copacabana, e General Osório, em Ipanema, também ficarão fechadas por oito meses (entre dezembro de 2012 e julho de 2013) para a construção de um túnel subterrâneo, que ligará a Gávea à praça General Osório.
Para facilitar o deslocamento dos motoristas no trajeto entre Ipanema e Leblon, será construída uma ponte metálica sobre o Jardim de Alah, ligando as ruas Humberto de Campos e Visconde de Pirajá.

Quem mora no entorno das praças Nossa Senhora da Paz e Antero de Quental terá o estacionamento restrito. Os moradores contarão com serviço de manobristas, que guardarão os carros em garagens particulares. De acordo com o secretário, todos serão cadastrados.

Ainda segundo Fichtner, a proposta com as intervenções já foi apresentada à Prefeitura do Rio. A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio) vai estudar o planejamento do Governo do Estado. O secretário disse que as interdições para a passagem de blocos de Carnaval ficarão a cargo da CET-Rio.

– As interdições ficarão a cargo da CET-Rio. Não sabemos se serão antes ou depois do Carnaval.

Avenida Ataulfo de Paiva será fechada 

Segundo o planejamento da Casa Civil, para a primeira fase das obras da estação Jardim de Alah, no Leblon, será necessário interditar parcialmente a avenida Ataulfo de Paiva entre fevereiro e outubro de 2012. O secretário garantiu que a interrupção do tráfego neste período não atrapalhará o funcionamento da faixa exclusiva para ônibus. Os motoristas terão rotas alternativas para não atrapalhar muito o trânsito.

Já na terceira fase, entre novembro de 2012 e julho de 2013, a avenida seria totalmente fechada, inclusive para ônibus, e só seria permitida a passagem de pedestres.

– Serão mais ou menos dois anos de transtorno para os motoristas, mas muitos anos de melhoria para a mobilidade urbana.

Jardim de Alah também ficará interditado

O secretário informou também que o Jardim de Alah, no Leblon, será interditado ao público entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2015.

Linha 4 ligará a Barra a Ipanema

A Linha 4 terá 14 quilômetros de extensão e um total de sete estações. Ligará o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, à Estação General Osório. Serão seis novas estações de metrô. Segundo Fichtner, mais de 300 mil passageiros serão beneficiados por dia.

Atualmente, o sistema metroviário do Rio conta com 30 composições, cada uma com seis vagões. A partir de 2012, 19 novos trens começam a chegar para operar nas linhas 1 e 2. Em dezembro de 2015, com a inauguração da Linha 4 do metrô, serão mais 17 composições. Ao todo, serão 66 trens operando em todo o sistema metroviário da cidade, mais do que o dobro do número atual.

Tempos de viagem

Jardim Oceânico-São Conrado: 5min48s
Jardim Oceânico-Gávea: 9min50s
Jardim Oceânico-Leblon (Antero de Quental): 9min31s
Jardim Oceânico-Jardim de Alah: 11min11s
Jardim Oceânico-Nossa Senhora da Paz: 13min15s
Jardim Oceânico-General Osório: 15min31s (atualmente, o trajeto feito pelo ônibus de integração com o metrô leva, em média, 1h) Jardim Oceânico-Copacabana: 21 minutos
Jardim Oceânico-Botafogo: 23min24s
Jardim Oceânico-Largo do Machado: 27min53s
Jardim Oceânico-Cinelândia: 32min41s
Jardim Oceânico-Carioca: 34min
Jardim Oceânico-Central: 38min37s
Jardim Oceânico-praça Onze: 40min53s
Jardim Oceânico-Estácio: 42min24s
Jardim Oceânico-Saens Peña: 48min13s

Jardim Oceânico-Uruguai: 50min58s
Jardim Oceânico-Pavuna: 1h20min, com transbordo na General Osório (atualmente, o trajeto com metrô + integração para a Barra fica em 2h20min)
Jardim Oceânico-Irajá: 1h10min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Del Castilho: 1h, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Maria da Graça: 58min, com transbordo na General Osório- Jardim Oceânico – Maracanã: 54min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-São Cristóvão: 50min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Cidade Nova: 47min, com transbordo na General Osório
Jardim Oceânico-Central: 23min
Ipanema-Carioca: 18min
Leblon-Carioca: 24min
São Conrado-Carioca: 27min
Gávea-Carioca: 34min – General Osório – Pavuna, sem transbordo: 1h

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Postos de Salvamento do orla serão reformados

Os banhistas mais atentos de Copacabana e Ipanema já perceberam: os postos 5 e 9 da orla carioca ganharam tapumes verdes durante a semana. No entanto, o motivo é nobre: a Orla Rio, concessionária responsável pela operação e manutenção dos quiosques e postos, começou a modernização das 27 unidades. Os dois primeiros serão entregues em 90 dias.

Em até dois anos, todos os postos de salvamento já terão sido reformados: o investimento total é de R$ 6 milhões.

As grades vão ser substituídas por painéis de vidro e alumínio, privilegiando a visão do projeto original dos postos, do arquiteto Sérgio Bernardes, mais dois sanitários femininos e um masculino serão implantados para diminuir o problema das filas e o acesso aos portadores de necessidades especiais será ampliado.

A preocupação com a sustentabilidade também faz parte do novo projeto: placas solares serão responsáveis por gerar energia para iluminação interna, dutos vão reaproveitar a água do banho para uso nos vasos sanitários e os decks serão feitos de madeira plástica, obtida da reciclagem de garrafas pet.

“A reforma alia a vontade de prestar serviço melhor a cariocas e turistas, com o resgate da leveza do projeto original, sem esquecer de contemplar a preservação ambiental”, conta João Marcello Barreto, presidente da Orla Rio.

Fonte: Do Metro RJ noticias@band.com.br

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Rio 2016: Cedae adiantará obras

Intervenções para ampliar a capacidade de tratamento de esgoto do estado, prometidas ao Comitê Olímpico Internacional, estão em licitação, em andamento ou em fase final de negociação do financiamento, garante Wagner Victer

Dois anos antes do prazo estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo do estado executará todos os compromissos assumidos para a Olimpíada de 2016, garantiu na quinta-feira o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, em palestra realizada na conferência Infrastructure Investment World Brasil 2011, em Copacabana.

Victer afirmou que os focos das ações são a Baía de Guanabara, o complexo lagunar da Barra da Tijuca e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Esta última, cuja estação tratava 2 mil litros de esgoto por segundo, passará a tratar 14 mil litros por segundo, aumento de 700%.

“Para a Olimpíada, montamos um grupo com o objetivo de derrubar alguns paradigmas passados, como o histórico de não cumprir os compromissos em relação ao saneamento. Foram selecionados projetos firmes e de efetivas realizações. Não tinha ne¬nhum projeto inatingível, virtual. Submetemos isto ao COI e estes foram aprovados”, disse ele, acrescentando que todas as obras estão em andamento, em processo de licitação ou em fase final de negociação do financiamento.

O presidente da Cedae explicou que já foram investidos mais de R$ 2,5 bilhões no Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), e a meta é que ainda sejam investidos R$ 1,1 bilhão. Na semana passada, o governador Sérgio Cabral afirmou que, em novembro, o Banco Interamericando de Desenvolvimento (BID) irá liberar cerca de US$ 450 milhões.

Os principais investimentos, segundo Victer, são os novos troncos coletores do Rio Faria Timbó, de Manguinhos e da Cidade Nova, além da ampliação da Estação Alegria que aumentará sua capacidade em mais de 5 mil litros por segundo. Ele afirmou ainda que em 45 dias irá inaugurar a Estação Sarapuí. Com relação à Barra da Tijuca, principal local de realização das provas do evento esportivo, o presidente da Cedae disse que a meta é aumentar a oferta de água. Na Lagoa, já foram empregados mais de R$ 150 milhões e cerca de R$ 20 milhões ainda serão investidos.

A Barra da Tijuca já recebeu investimos no valor de R$ 550 milhões em tratamento de esgoto, que chegará a R$ 730 milhões. Serão realizadas melhorias no sistema de adução e em dois grandes reser-vatórios, com investimentos no valor de R$ 200 milhões. A licitação está em andamento.

De acordo com o secretário Estadual de Ambiente, Carlos Mine, o estado dará a contrapartida de US$ 300 milhões por meio do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). “Atuaremos na segunda estação de São Gonçalo, em Alcântara, e em todas as redes do Rio Sarapuí. Também ligaremos várias áreas do Centro e Zona Norte à Estação Alegria, que passará de 2,5 mil para 7 mil metros cúbicos por segundo, além de várias outras conexões. O saneamento da Baía de Guanabara passará de 30% para 60% em quatro anos”, disse Mine.

Jornal do Commercio, Fernanda Martins

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