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Orla carioca é palco de branding

  • Itaú Unibanco patrocina projeto Bike Rio, que prevê instalação de 60 estações com bicicletas na cidade: mobilidade urbana na pauta da instituição Crédito: André Valentim

O mar, a areia branca e o belíssimo calçadão de pedras portuguesas projetado por Burle Marx não são mais as únicas atrações da orla de Copacabana. Com a reforma dos quiosques da praia, promovida pelo projeto Orla Rio, marcas relevantes do mercado nacional estão usando esses espaços para ações de branding. Coca-Cola, Skol, Globo Rio, Band, Banco do Brasil, Rio Sul e Editora Três estão entre as empresas que contam com espaços diferenciados na praia mais famosa do Brasil.

Para algumas dessas marcas, adotar um quiosque na badalada orla de Copacabana traz uma exposição de marca e um espaço de experimentação diferenciados. “Além de ser um espaço de mídia fantástico. A Skol se criou no Rio e começou pela praia, com a cerveja em lata. É um ícone, como o mate e o biscoito Globo. Hoje tenho mais de 300 quiosques na praia com o produto Skol e 150 com visibilidade, mas não tinha nenhum com a cara da Skol. Este é um investimento para transmitir a personalidade da marca, por meio de um ponto de consumo que é quiosque de Copacabana”, explica Felipe Ghiotto, gerente de Skol 360, marca proprietária do espaço em Copacabana.

A orla de Copacabana também atraiu emissoras de TV. A Band, a primeira a ter um quiosque temático no calçadão de pedras portuguesas, montou o espaço para abrigar uma iniciativa que se destaca: Orla TV. Fruto de uma parceria com a Orla Rio, é um canal que é veiculado em 110 quiosques de praias do litoral. “A Band nos procurou interessada no potencial que enxergava em nosso empreendimento. Após diversas conversas foi então firmada a sociedade de nossas empresas neste segmento, na qual a Band se ocupa do conteúdo, das transmissões e da comercialização dos espaços publicitários, enquanto nós operacionalizamos a estrutura junto aos nossos quiosques”, informa Antônio Luís Abreu, vice-presidente da Orla Rio.

Presença da Band em Copacabana é fruto de parceria com a Orla Rio: emissora é responsável por um canal de TV veículado nos points da praia Crédito: André Valentim

O sistema de transmissão do canal de televisão da orla fica instalado justamente no subsolo do quiosque da Band, um espaço de 160 metros quadrados que conta com estúdio e escritório; na superfície, existe um bar onde são comercializados acepipes tipicamente cariocas, como bolinhos dos bares Bracarense e Aconchego Carioca.

“A ideia foi fazer um canal de televisão interno no qual passasse tudo relativo a esportes de areia e trouxesse informações como temperatura da água e previsão do tempo. Fornecemos o aparelho de TV e uma programação integrada que é feita especialmente para a Orla TV e com atrações que a gente reembala. Claro que, quando temos grandes produções esportivas, entramos em rede com a Band, assim como em alguns telejornais”, explica Daruiz Paranhos, diretor-geral do Grupo Bandeirantes no Rio. Para ele, a Orla TV possibilita um espaço comercial privilegiado. “Temos como colocar lá o último comercial de um ano e o primeiro do ano seguinte, em todas as TVs ao mesmo tempo”, fala. Ele acrescenta que, com a chegada dos grandes eventos, a ideia é que a Orla TV seja o veículo oficial da praia. De acordo com Orla Rio, mais de 450 mil pessoas têm contato com a Orla TV a cada dia.

No Quiosque Coca-Cola, a ideia foi montar um espaço onde os consumidores têm a experiência de tomar o produto na temperatura e no copo ideaisCrédito: André Valentim

Além da Band, a Globo Rio montou seu espaço, como ponto de contato com seus telespectadores. Copacabana foi escolhida por ser uma espécie de vitrine do Rio de Janeiro. “A Globo Rio tem como proposta criar oportunidades de convivência comunitária e aproximar a marca da emissora do público. A partir do quiosque de Copacabana foi possível ativar esta estratégia de ação”, informa a emissora por meio da Central Globo de Comunicação.

O retorno do espaço está sendo acima do esperado. Segundo a emissora, cerca de dez mil pessoas passam pelo quiosque Globo Rio todos os meses. “Mas o número não é o mais importante. Semanalmente, o quiosque serve de palco para eventos culturais e esportivos da própria Globo Rio e de parceiros. O público já sabe que existe um espaço físico em que ele se relaciona com os conteúdos da Globo. Além disso, o quiosque é um ponto utilizado pelo jornalismo da Rede Globo, com entradas ao vivo direto de lá”, aponta.

O quiosque da Globo Rio conta ainda com um espaço da Globo Marcas, onde são comercializados produtos relacionados à grade de programação da emissora. “Como a venda de produtos é uma exigência da concessão do espaço, a missão da Globo Marcas de fortalecer o relacionamento dos telespectadores com o universo da televisão se encaixou perfeitamente no conceito do quiosque. Além de uma grande variedade de artigos licenciados, o público encontra nesse espaço produtos específicos para venda no quiosque, como acessórios para praia, por exemplo”, acrescenta. O projeto do quiosque da Globo Rio é recente, mas, como tem se mostrado uma excelente ferramenta na aproximação da emissora com o público, a Globo avalia a experiência para eventual­ replicação em outras praças no futuro.

Point
A Nextel também terá o seu espaço na orla de Copacabana, que será inaugurado em outubro. Ele será o terceiro Point Nextel da marca no Rio, a primeira a ter um quiosque de experimentação na orla da praia vizinha, Ipanema, onde os quiosques ainda não foram reformados. O espaço ali foi inaugurado em setembro, em local nobre, logo na chegada da praia de Ipanema em frente a um badalado bar da orla. Foi a segunda ação de branding da marca em um quiosque da orla do Rio; a primeira, na Barra, também é diferenciada entre os outros quiosques daquele pedaço.

“O quiosque de Copacabana está atrelado a um projeto que temos com o Rio de Janeiro e nasceu na Barra da Tijuca, onde montamos nosso primeiro Point Nextel”, conta Alex Rocco, diretor de comunicação da marca. Ele acrescenta que a ideia é levar para a orla um pacote que tem experimentação e infraestrutura. “A cidade do Rio é muito importante para a Nextel e a marca é muito forte na cidade. Resolvemos implantar o projeto Rio Nextel, no qual criamos uma plataforma que inclui esporte, cultura e lazer para cidade do Rio e para o relacionamento com nossa base de clientes”, fala.

As atividades oferecidas em cada espaço são escolhidas de acordo com o perfil da praia em que estão instalados. “Em cada point a gente se insere no contexto do estilo de vida do carioca. Na Barra, levamos equipamentos relacionados ao mar, já que é um point forte de Kite surf e SUP. Ipanema tem um estilo de vida do carioca mais relacionado ao calçadão e à a rua interditada no fim de semana. Levamos skates, patins, skyline”, conta. Os espaços fornecem aulas de ioga e corrida, por exemplo, para clientes Nextel.

Ele acrescenta que há a preocupação de que cada um destes espaços se insira no contexto do carioca. “Queremos fazer parte realmente, adotar e ser adotado, é muito mais do que uma questão de visibilidade de marca”, conclui.

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Avenida Atlântica é do Rio ?

A discussão sobre a retirada dos postos de gasolina, da BR Petrobrás, da Avenida Atlântica, pode ter saído dos jornais, mas o tema está na pauta da Cidade.

Ao que parece, o Governo do Estado teria entrado em acordo com a BR Petrobrás para retirar os postos a partir do próximo mês. E esta, a BR, teria notificado os postos para que estes sejam imediatamente desativados, sem dó nem piedade.

E, tudo isso, sem consultar a população, que tem seus postos lá há mais de quarenta anos, e sem qualquer consideração às dezenas de funcionários que ficarão desempregados!

Mas, tudo isso acontece com logradouros públicos da cidade do Rio. E o Prefeito?

Por que não intervém nas decisões de uso desse logradouro público da Cidade? Afinal, alguém tem alguma dúvida de que a Avenida Atlântica é um logradouro público municipal?

Quantos milhões a BR Petrobrás paga, ou pagou, ao Governo do Estado pelo uso de logradouros públicos que pertencem à Cidade?  R$ 15 milhões? R$ 17 milhões?  Ou nada?

Os números e as permutas devem ser divulgados para conhecimento dos cidadãos do Rio. Eles têm o direito de saber.

Toda essa confusão ainda é fruto da fusão, ocorrida na ditadura, em 1974, quando os bens públicos muncipais não foram atribuídos à Cidade. Continuam de posse do Estado do Rio, que ainda não nos pagou essa dívida.

Somam-se ainda, além da Av. Atlântica, outros bens simbólicos da Cidade, a exemplo do Maracanã, do qual o Estado já publicou edital de privatização.

Nada disso pertence ao Estado, mas à Cidade do Rio, e a ela deve ser devolvido.

Se há outro plano para a Avenida Atlântica, cabe à Prefeitura discutí-lo com a população, apresentando um plano para tal e um cronograma sobre uma eventual desocupação, que leve em conta o meio século de uso do local pelos postos.

Despejo liminar dos postos da Atlântica, da forma que está sendo feito pelo Estado do Rio é, além de ilegítimo e ilegal, também autoritário e tirânico.

Cabe a Prefeitura reagir, veementemente, e defender os nossos direitos frente ao Estado do Rio.
Veja abaixo parte do requerimento de informações que encaminhamos à Prefeitura sobre o assunto:
1) Cronograma da desocupação da área, e sua fundamentação para que a Prefeitura tenha aquiescido

2) Esclarecimentos quanto ao uso a ser dado a área, informando, inclusive, se a mesma terá uso público exclusivo, vedada sua cessão, a qualquer título, em todo ou em parte, para outro fim senão a de uso comum do povo

3) O projeto urbanístico,ambiental e paisagístico para o local

4) Plano de incorporação,recuperação e limpeza da área ocupada pelos postos, especialmente o plano de tratamento do eventual passivo ambiental”

Saiba mais sobre a mobilização da sociedade civil pela manutenção da atividade dos postos de gasolina na Avenida Atlântica aqui.

Matéria: Marcelo Copelli, assessor de comunicação do gabinete da Vereadora Sônia Rabello
Blog da Vereadora Sonia Rabello

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Quiosque Globo Rio será inaugurado no dia 26 de abril

Para comemorar os 47 anos da TV Globo, no próximo dia 26, a Globo Rio vai inaugurar um quiosque da emissora na Praia de Copacabana, na altura da Rua Miguel Lemos, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O Quiosque Globo Rio foi criado para interagir com moradores, visitantes e turistas e aproximá-los do universo da TV.

Para isso, o quiosque contará com uma agenda de encontros, palestras e shows, todos abertos e gratuitos. A escolha do local não foi em vão. Copacabana é a porta de entrada do Rio de Janeiro e a praia mais visitada do Brasil. Em frente ao ponto do quiosque, do outro lado da Avenida Atlântica, está sendo construido o Museu da Imagem e do Som (MIS).

Quiosque Globo Rio será inaugurado no dia 26 de abril (Foto: Divulgação / Globo Rio)

Planejado com tecnologia e estrutura para entradas ao vivo nos telejornais, o local também funcionará como um ponto de apoio para as equipes do jornalismo e esporte da TV Globo. E ainda venderá produtos licenciados pela Globo Marcas e uma nova linha exclusiva da Globo Rio, com produtos inspirados em ícones da cidade e que valorizam a historia do Rio.

Móveis de material reciclável

O mobiliário do Quiosque Globo Rio foi todo feito com material plástico reciclável, leve e resistente. Reproduções de câmeras e refletores de luz simulam o ambiente de estúdio de televisão em plena praia. Aberta, a locação estará disponível ao público, que poderá manipular todos os itens do cenário e fazer fotos.

Com 1,6 mil metros quadrados, deck poderá se transformar em um auditório (Foto: Divulgação / Globo Rio)

Com 1,6 mil metros quadrados, o deck poderá se transformar em um auditório para palestras, aulas, oficinas e encontros comunitários. São 32 mesas e 192 bancos, que permitem formações variadas, adaptadas à natureza multimídia do espaço.

“A proposta é inovadora, diferenciada e exclusiva”, conta o cenógrafo Tadeu Catharino. O clima “sala de casa” será reforçado por dois monitores de LCD de 65 polegadas, onde será possível assistir à programação da TV Globo, em alta definição, em plena praia de Copacabana. “Criamos um espaço atraente e convidativo, onde todos se sintam à vontade”, conta Tadeu.

O Quiosque Globo Rio funcionará diariamente – de segunda a quinta-feira, das 8h às 20h; sextas e sábados, das 8h às 22h e aos domingos, das 9h às 21h – e sua agenda de eventos promete ser um atrativo à parte. Relacionada com a grade de programação da emissora, seu objetivo é aproximar ainda mais os programas e quadros da Rede Globo dos telespectadores nas ruas.

Veja a programação de inauguração:

Dia 26: na manhã de quinta-feira (26), dia da inauguração, a Esquadrilha Céu fará uma apresentação nos céus de Copacabana, em homenagem à inauguração do Quiosque Globo Rio. À tarde, o apresentador do ‘Globo Esporte’ Alex Escobar vai ao Quiosque Globo Rio gravar o quadro ‘Cafezinho com Escobar’, em que conversa com o povo nas ruas sobre a rodada da semana, enquanto o humorista Fábio Porchat estreia a programação de humor do espaço, com cobertura ao vivo do ‘RJ TV 2ª edição’.

Dia 27: às 18h, é a vez da Banda JPG se apresentar no Quiosque Globo Rio. Composta por João Ramalho (voz lead – violão), Phil Braga (violão e voz), Gema (cajon), integrantes do grupo cujas iniciais dão nome à banda, ela vem se destacando no cenário carioca com versões acústicas inéditas e dançantes de grandes hits nacionais e internacionais, usando apenas dois violões e um instrumento percussivo chamado cajón.

Dia 28: às 10h, um contador de histórias vai encantar a manhã das crianças. Às 18h, o Batuk D` Gueto vai promover uma roda de samba em plena orla. Eles são os atuais vencedores do Favela Festival, um festival de música promovido pela CUFA, que contou com a participação de mais de 2,5 mil bandas.

Dia 29: na manhã de domingo, às 10h, acontecerá a apresentação de um teatro de bonecos.

Dia 30: às 10h, uma Oficina de Arte para todas as idades vai movimentar a manhã do Quiosque Globo Rio. Às 18h, um artista convidado (a ser confirmado) vai divertir a noite no Quiosque Globo Rio, com muito humor.

Dia 1º de maio: às 18h, show acústico do Rio Samba N`Roll, a banda que mistura samba com rock n`roll. Dessa mistura inusitada, surge no repertório som de Rita Lee com pandeiro, Beatles e Led Zeppelin em roda de samba, entre outros.

Fonte G1 (Foto: Divulgação / Globo Rio)

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AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA CONTRA ORLA RIO E MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Foto: Cristina Reis

Os quiosqueiros, que foram expulsos dos quiosques da orla marítima em função de não aceitarem os contratos abusivos impostos pela Orla Rio, foram solicitar ao deputado federal Chico Alencar, que fizesse denúncia ao Ministério Público sobre as diversas irregularidade da concessionária Orla Rio e da Prefeitura na administração dos quiosques da orla marítima de nossa cidade.

O Inquérito Civil para apurar o descumprimento reiterado pela concessionária das obrigações decorrentes do Termo de Concessão de Uso 417/99 foi instaurado em 10/11/2010. Neste mês de abril foi proposta a Ação Civil Pública que pede a invalidação do Termo Aditivo nº 61/2010 em que o prefeito Eduardo Paes amplia o objeto da concessão para explorar serviços bancários e instalar 40 terminais de atendimento e serviços de conveniência, prorroga a concessão de uso por mais quatro anos e nove meses e inclui 27 postos de salvamento existentes e localizados na orla marítima.

Nesta ação o promotor deixa claro a transgressão de decisão judicial da 14ª Câmara Cível, em 06/11/2008 e com trânsito em julgado em 28/12/2011, que proíbe propaganda na orla marítima e nos quiosques:

 “Por fim, registre-se que a Lei Orgânica, ao contemplar a regra de que não há direito a propaganda, impõe a interpretação restritiva do § 8º do art. 463, pois o interesse público na preservação do meio ambiente prepondera sobre os interesses particulares do apelante”.

Outra passagem em que evidencia-se o benefício que o prefeito concede a Orla Rio em detrimento do interesse público: “…o Termo Aditivo nº 61/2010 omite-se em fixar prazo para o cumprimento da principal obrigação da concessionária, vale dizer, a instalação dos 309 novos conjuntos de quiosques e sanitários, em substituição dos antigos.

…Ora, é inadmissível previsão contratual tão vaga e imprecisa num contrato administrativo. É igualmente inadmissível que o Município conceda o uso e exploração de bens públicos mediante contraprestação ilíquida como a que consta no Termo Aditivo nº 61/2010.

., parecendo ao Ministério Público que há prova cabal, e não mera verosimilhança, da ilegalidade e lesividade do Termo Aditivo nº 61/2010, que, além de não prever qualquer prazo para implantação dos novos quiosques, amplia indevidamente o objeto licitado e contratado, em afronta as decisões judiciais já definitivas, amplia o prazo de concessão de uso e permite à concessionária a exploração de serviços bancários sem qualquer contrapartida ao Município. Tudo conforme os elementos fartamente recolhidos nos autos do Inquérito Civil nº 2010.0070112.

.Some-se a isso o fato notório de que o Rio de Janeiro em breve sediará grandes eventos esportivos (Copa do Mundo em 2014 e olimpíadas, em 2016), o que impõe a modernização dos quiosques, medida perseguida desde o longínquo ano de 1999.”

.. imediato inicio das obras de todos os quiosques da orla…”

Nossa interpretação é que devemos pedir a anulação ou caducidade do contrato de concessão e não insistir na possibilidade da Orla Rio construir os quiosques, pois ela já demonstrou que não irá fazê-lo, mesmo depois de ter modificado o projeto original, conforme observamos, mas também em razão de decisão da Justiça Federal na Ação Popular nº 2000.51.01.013719-0, que anula o contrato de concessão, só permitindo a construção dos novos quiosques no trecho de Leme – Copacabana.

O Eduardo Paes mantém esta concessão devido ao apoio que esta empresa costuma dar as campanhas eleitorais de diversos vereadores e secretários municipais que desejem se candidatar, fazendo um grande lobby no legislativo, executivo e judiciário. Logo que o prefeito foi eleito conseguimos um audiência através do Movimento Unido dos Camelôs e entregamos uma carta com as denúncias das irregularidades, inadimplências, descumprimento do cronograma de obras, decisão da Justiça Federal e modificação do projeto original, mas o prefeito reafirmou que manteria esta parceria, está tudo registrado no nosso blog: Leilão das Praias

Fonte: Blog Leilão das Praias

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Definidos locais do Fifa Fan Fest no Brasil

A Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014 definiram os 12 locais que receberão edições do Fifa Fan Fest em todo o País. São locações simbólicas nas cidades-sede, onde serão realizados eventos públicos para a transmissão dos jogos, reunindo milhares de torcedores.

Em São Paulo, o Fifa Fan Fest acontecerá no Vale do Anhangabaú, enquanto no Rio de Janeiro, será na Praia de Copacabana. A Praça da Estação será o palco do evento em Belo Horizonte; já em Brasília, o local escolhido foi a Esplanada dos Ministérios.

As outras locações do Fifa Fan Fest são as seguintes: Parque das Exposições (Cuiabá); Parque Barigui (Curitiba); Praia de Iracema (Fortaleza); Memorial Encontro das Águas (Manaus); Praia do Forte (Natal); Largo Glênio Peres (Porto Alegre); Marco Zero (Recife), e Jardim de Alah (Salvador).

Para Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa, o Fifa Fan Fest proporciona à Fifa e ao COL uma plataforma para fortalecer a experiência dos torcedores na Copa do Mundo. “Nós estamos muito satisfeitos com o entusiasmo mostrado pelas sedes até agora e estamos ansiosos para realizar, juntos, esse evento espetacular em 2014”, diz.

Já o ex-jogador Ronaldo, membro do Conselho de Administração do COL, acredita que o Fifa Fan Fest representa a parte mais emocionante do futebol e da Copa do Mundo da Fifa, com milhares de torcedores reunidos para assistir a uma partida e comemorar juntos. “Como brasileiros, nós sempre tivemos o hábito de torcer por nossa seleção em grandes festivais populares, em todo o país. Por isso, tenho certeza que será o melhor Fifa Fan Fest de todos os tempos”.

O Fifa Fan Fest foi criado após o sucesso dos eventos públicos de transmissão não oficiais realizados na Coreia, em 2002, e entrou para o calendário oficial da Copa do Mundo na Alemanha, em 2006. Mas seu conceito foi desenvolvido posteriormente, já na Copa do Mundo de 2010, quando, além das sedes sul-africanas, seis locações internacionais sediaram o evento, que reuniu mais de seis milhões de fãs do futebol durante os 31 dias do campeonato mundial.

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Máquina de Coca-Cola fornece créditos para celulares da Oi

Um equipamento inédito em todo o mundo foi instalado no Quiosque Coca-Cola, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro: o Refil de Felicidade parece uma máquina de refrigerantes, mas não é. Quando o consumidor aproxima seu celular da Oi do equipamento, ele carrega o aparelho com créditos para navegar na internet. É preciso apenas fazer o download do aplicativo de mesmo nome no celular. A ação em parceria com a Oi funcionará através da rede 3G e dos pontos de acesso da rede Oi WiFi. Em seguida, basta aproximar o celular do equipamento, numa alusão ao movimento feito com o copo e autorizar o enchimento.

O Refil de Felicidade é um projeto experimental e leva a assinatura da Ogilvy Brasil.

Autor: Claudia Penteado

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Grafites colorem tapume da obra do Quiosque da Globo Rio

O tapume que cerca a obra do quiosque da Globo Rio na Praia de Copacabana, na altura da Rua Miguel Lemos, está com um colorido especial. Jovens da Central Única de Favelas (Cufa) grafitaram o espaço com o tema “Personagens do Dia a Dia”. A intervenção representa as diferentes pessoas que passam pelo calçadão e irão frequentar o quiosque. No total, foram 36 horas de trabalho, 7 jovens envolvidos e 69 latas de spray utilizadas no painel.

“A ideia é fazer com que toda a população se reconheça nos grafites, por isso tem um pai abraçando uma criança, um sambista com pandeiro, um senhor de bicicleta, pessoas do cotidiano mesmo.”, conta Nega Gizza, produtora da Cufa.

Previsto para inaugurar no fim de fevereiro, o quiosque será utilizado para atendimento ao público, ações sociais, venda de produtos da Globo Marcas, além de servir como base avançada para entradas ao vivo do Jornalismo e do Esporte.

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Bono Vox vai cantar de graça na praia de Copacabana

Bono Vox (Foto: Reuters)

Bono Vox vai cantar de graça na praia de Copacabana. A informação é da coluna de Leo Dias, do jornal o Dia. Segundo a publicação, o líder do U2 é um dos principais convidados da ‘Rio + 20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável’, que vai acontecer na cidade no meio do ano. Bono vai se apresentar no dia 24 de junho.

Além do show gratuito na Praia de Copacabana da Copa do Mundo em 2014, o U2 também planeja gravar um DVD no Corcovado na mesma época. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, publicada no jornal “Folha de São Paulo, a idéia é convidar parceiros para cantar com a banda. A renda seria revertida para projetos humanitários do mundo todo. Entre os brasileiros que Bono Voz quer convidar estariam Ivete Sangalo, que ele adora, e o Roberto Carlos.

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R$ 300 mil para um show do Latino no Réveillon de 2012 que termina em barraco

O clima era de festa, mas a gravação do DVD de Latino na festa de Réveillon na praia de Copacabana, teria terminado em barraco. No final do show do cantor, a prefeitura do Rio teria resolvido desligar o som do palco principal armado em frente ao Copacabana Palace Hotel.

O motivo da interrupção do show de Latino seria o DJ francês David Guetta, que iria tocar logo depois, e não gostou de ver Latino se apresentando como DJ, ameaçando não subir mais ao palco montado na areia da praia. Então, o cantor Latino teria deixado o palco sem se despedir do público e, por muito pouco, ele e Antônio Pedro Figueira de Mello, presidente da Riotur e Secretário Municipal de Turismo, não teriam se agredido.

Pelo Twitter, Latino tentou amenizar a situação: “Foi porque o tempo permitido já tinha esgotado. Quando me toquei já era tarde.”

Antes que me esqueça

O cantor Latino recebeu R$ 330 mil para cantar no Réveillon de 2012 na Praia de Copacabana.

Normalmente um show do artista custa em torno de R$ 90 mil, valor quatro vezes menor do que ele ganhou na virada do ano.

No total, as oito atrações que se apresentaram em Copacabana custaram aos cofres público, R$ 1 milhão para a empresa Riotur.

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GE quer contrato com Rio para replicar Jogos de Londres

Garantir o abastecimento de energia durante a Olimpíada de 2016 será um dos principais desafios do Rio, acredita Tony Gale, gerente-geral da General Electric (GE) para os Jogos de Londres em 2012. A empresa mira exatamente nessa brecha para tentar conquistar contratos no País. Um dos objetivos é vender como solução o uso de cogeração de energia para as instalações olímpicas, como foi feito em Londres. “Experiência é o que mais podemos oferecer ao Rio”, disse o executivo.

O Parque Olímpico londrino, praticamente pronto um ano antes da cerimônia de abertura, conta com três máquinas de cogeração, a partir do gás natural, numa potência total de 10 MW. Esse foi o caminho escolhido para cumprir a meta de redução de 50% das emissões de CO2 durante o evento.

A tecnologia aproveita o calor produzido durante a geração de energia, que normalmente é desperdiçado no processo. Dessa forma, limita as perdas e atinge eficiência de 90%. Na Europa, o sistema é majoritariamente ineficiente e, em média, apenas 37% da energia contida no combustível é aproveitada.

No Reino Unido, o uso da cogeração vem crescendo e hoje responde por 11% da oferta, número com potencial para dobrar, segundo Leon Jansen van Vuuren, líder regional para a Europa Ocidental da GE. O sistema estará presente, por exemplo, no Shard, o maior prédio da Europa, com 310 metros, a ser inaugurado em Londres em 2012.

O Guys Hospital, no centro da capital britânica, gastou 1 milhão de libras (cerca de R$ 3 milhões) para montar equipamento de cogeração a partir do gás natural com potência de 3MW. Conforme o hospital, a economia obtida com a conta de energia é de 1,5 milhão de libras (R$ 4,5 milhões) por ano.

No caso londrino, a estrutura de cogeração levou anos para ser construída. “Sem dúvida, o sistema pode ser usado no Rio”, disse Gale, da GE. A diferença é que teria de ser algo mais descentralizado. Em Londres, os Jogos estarão concentrados no Parque Olímpico localizado no leste da cidade, onde ficam as três máquinas de cogeração. No Rio, as competições irão se espalhar pela Barra, Copacabana, Maracanã e Deodoro.

“Além da questão do consumo, o Rio precisa olhar para a segurança, de forma a impedir que o abastecimento de energia caia durante os Jogos”, afirmou Gale. O executivo acredita que Londres poderá oferecer dados sobre o uso de energia durante as competições e o comportamento nos momentos de pico para servir de parâmetro ao evento em 2016.

Brasil e Reino Unido vêm fechando parcerias e trocando informações sobre os Jogos Olímpicos. “Acho que algumas coisas podem ser replicadas no Rio, mas outras devem ser locais, pois o governo pode ter outras prioridades”, disse Simon Wright, diretor de infraestrutura da Autoridade Olímpica Britânica (OBA, na sigla em inglês).

Em Londres, a questão da eficiência e economia de energia tem peso relevante no projeto. Tanto que, além da cogeração, os organizadores incluíram no mix o uso de biocombustível a partir de restos de madeira – que são transportados principalmente por barco, e não por rodovia, para reduzir as emissões de CO2.

Entretanto, os organizadores não conseguiram cumprir a meta de uso de 20% de energia renovável nos Jogos de Londres, disse Wright, porque a ideia de produzir energia eólica não deu certo. O objetivo inicial era construir uma turbina no Parque Olímpico, mas novas regulamentações introduzidas no ano passado impediram que o projeto ficasse pronto a tempo.

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